O Estado de S.Paulo, 20/10/2013
Taiwan esforça-se para ampliar seus laços com a comunidade
internacional. A China continental tem sido implacável na tarefa de isolar a
ilha, que Pequim considera uma província rebelde, a ser reintegrada ao
território chinês no futuro.
O governo comunista chinês pressiona para que outros países
não reconheçam Taiwan. E, entre as vantagens de manter relações diplomáticas
com a superpotência e com a ilha separatista, quase todos preferem a primeira
opção. No caso do Brasil, por exemplo, não há relações diplomáticas formais. Em
lugar de embaixadas e consulados, Taipé é representada no País por
"escritórios de representação" comercial e cultural.
Os encontros de líderes taiwaneses com representantes do
governo dos EUA são considerados tão importantes para o governo de Taipé que
estão retratados numa exposição especial no Monumento a Chiang Kai-shek, na
capital de Taiwan.
As fotos gigantescas não registram apenas encontros -
esporádicos, durante reuniões de cúpulas e fóruns regionais - com presidentes
americanos, mas também com funcionários graduados do Departamento de Estado de
Washington.
Durante a Guerra Fria, Taiwan recebeu dos americanos e da
comunidade internacional alinhada a Washington vastas somas sob a rubrica de
cooperação internacional e ajuda militar. A proteção e segurança da ilha foram
assumidas pelos EUA.
Na mostra do memorial em homenagem ao fundador de Taiwan,
duas peças são exibidas com especial orgulho. Trata-se de dois Cadilacs
fornecidos pela General Motors ao general Chiang Kai-shek.
Conservadíssimos, um foi doado ao líder por chineses das
Filipinas, em 1955, e o outro, adquirido em 1972. O automóvel da GM era tido
pelos dirigentes de Taiwan como um "símbolo da superioridade capitalista
sobre o comunismo". / R.L.