sexta-feira, 19 de abril de 2013

Conflito árabe-israelense e o Sionismo


A região da Palestina é o território histórico de dois povos: judeus e palestinos. Os judeus ocuparam a região há mais de 4 mil anos, mas se espalharam pelo mundo devido à repressão sofrida durante o Império Romano. Os palestinos ocuparam a região por um período continuo de 2 mil anos.
A partir do final do século XIX, com a criação da Organização Sionista Mundial (1897), o movimento sionista toma força e organiza a migração de judeus à Palestina, visando à formação de uma pátria judaica.
Até o fim da Primeira Guerra Mundial, a ocupação de judeus no território foi pacífica. Porém, com o domínio da Inglaterra, que passou a controlar a região, e a ideia de criar um Estado judaico (Declaração Balfour), a migração torna-se conflituosa.
A perseguição e o massacre impostos aos judeus pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial, tornou-se um elemento fundamental para o apoio internacional à formação do Estado de Israel, que ocorreu em 1948.
A formação de um Estado judaico no Oriente Médio provocou a reação contrária de países árabes. Ainda em 1948, Egito, Jordânia, Líbano e Síria invadaram Israel, dando início à Primeira Guerra Árabe-Israelense.
Ocorreram também a Segunda Guerra Árabe-Israelense (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973), nas quais Israel ganha e consegue manter territórios importantes como as Colinas de Golã, a Faixa de gaza, a Pensinula de Sinai e a Cisjordânia. Porém, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia são concedidas à Palestina em 1993 (Acordo de Oslo) e a Peninsula de Sinai é devolvida ao Egito em 1979 (Acordo de Camp David).
Em todos os conflitos ocorridos após a criação do Estado de Israel, os maiores prejudicados foram os palestinos. Na partilha estabelecida pela ONU, eles ficaram com 43% das terras da região, após a Primeira Guerra Árabe-Israelense, transformaram-se numa nação sem território.
As guerras envolvendo árabes e israelenses expulsaram milhares de palestinos de suas terras, que se reguiaram em acampamentos no Líbano, na Síria, no Egito e na Jordânia. Desorganizados, espalhados por diversos países e enfraquecidos militarmente, os palestinos criaram várias organizações terroristas que lutam contra Israel, como o Al Fatah e a OLP.
Atualmente, as negociações pela paz definitiva continuam complicadas, tendo questões delicadas como a cidade de Jerusalém, sagrada para o Islamismo e o Judaismo, e que Israel afirma ser a capital indivisível do país.